domingo, julho 15, 2007

Convento/Museu de Jesus a 14/07

Tantos locais históricos visitados em muitos lugares deste país (e não só) mas ás vezes esquecemos o que está mais próximo...

Uma pequena visita ao Convento/Museu de Jesus.

Comecemos pelo Convento




















O Convento de Jesus é um dos marcos principais do estilo manuelino em Portugal. A edificação do convento teve início em 1490 e a obra foi finalizada por volta de 1500. A Igreja do Convento de Jesus destaca-se por ter sido o primeiro ensaio em Portugal de “igreja salão”, com belíssimas colunas torsas. A capela-mor é revestida de azulejos de caixilho e nela foi instalado, em 1520-1530, um retábulo de pintura - considerado como um dos mais notáveis conjuntos da Arte do Renascimento em Portugal - que se encontra exposto na Galeria de Pintura Renascentista , anexa à Igreja. Em frente à igreja, encontra-se um cruzeiro em mármore vermelho da Arrábida, que foi mandado construir por D. Jorge de Lencastre.






O avançado estado de degradação do monumento fez com que, há cerca de dez anos, se decidisse avançar com um projecto de recuperação para o Convento de Jesus.
No entanto, o projecto sofreu muitas contrariedades, tendo sido a falta de verbas a principal. Os especialistas temem que possa ser já tarde demais quando finalmente avançarem as obras. Em 2004, o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) reconheceu a necessidade do processo avançar com urgência e anunciou que tomaria conta das obras. O IPPAR disponibilizou 1 milhão de euros para a empreitada.











































Exposição vista:

Formas e Texturas. Tesouros escondidos do Museu de Setúbal/Convento de Jesus

É composta por exemplares das colecções de arte e e arqueologia deste espaço, sensibilizando para as diferentes matérias/suportes.






Seguidamente foi efectuada uma visita ao museu que é uma galeria de Pintura Quinhentista.

A exposição permanente:

Retábulo de pintura da igreja de Jesus, 1.ª metade do século XVI, e Ourivesaria Sacra.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Hey! Gostei bastante do post, acho-o apelativo.

As fotos tão, na minha opinião, muito interessantes, particularmente a 2.ª, onde os dois contrafortes (onde se inserem gárgulas e são rematados por pináculos cónicos) que ajudam a sustentar o alçado da cabeceira - e servem de meio de descarregamento das pressões impostas pela abóbada da capela-mor - fazem com que a composição seja bastante simétrica.

Um pequena coisa que, não sendo uma crítica negativa ao ost, acho que vale a pena salientar:
A riqueza tipológica da azulejaria presente no edificio.
- Referiste os azulejos seiscentistas de caixinho ou enxaquetados existentes na Capela-Mor (e também existentes no baptistério e sala do capítulo) cuja disposição na diagonal dá uma grande dinâmica à estaticidade e verticalidade do edifício.
- No altar da capela-mor podemos observar aqueles que foram os primeiros azulejos a surgirem em Setúbal (inicio do séc.XVI)..uma composição de azulejaria hispano-árabe de produção Sevilhana (presumo) concebida através das técnicas arcaicas da corda-seca e aresta (e até uma mistura dos dois).
- Nas paredes das naves laterais podemos também presenciar painéis historiado de temática hagiográfica - neste caso, "etapas" da Vida da Virgem -, sendo a parte historiada pintada de azul cobalto e a cartela já policroma, bem ao gosto Rococó.

É sempre bom ir-se juntando as várias fatias do bolo ;)
By the way, acho interessante a exposição "Formas e Texturas"..não obstante pensar que o museu deveria ter uma vida mais activa em Setúbal..


Cumps, André Afonso

2:07 da manhã  

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