Entret. e cultura a 26/12- BD
Cá estamos novamente, para mais um post e ao que parece desta vez os dados apontaram para a BD. Eu sei, os posts que têm sido efectuados têm tido algum espaço entre si mas há tanta coisa para fazer que pouco sobra para colocar aqui as experiências várias, tentarei mais uma vez manter um ritmo aceitável para não condensar demasiado os posts em si.
Bem passamos ao assunto propriamente dito:
PAssemos primeiro por alguma BD comprada aquando do festival de BD da Amadora:
Manara passou pelo festival para sessão de autógrafos, e para comemorar, comprei um álbum que encontrei em promoção mas que infelizmente não consegui levar a ser autografado (tal era a quantidade de pessoas em fila, que a mesma acabou por ser fechada e foi necessário um elemento do festival no local para impedir mais fâs)
Baseado no conto "O Asno de Ouro", do grego best-seller Apuleio, autor do séc. compre II. Metamorfose de Lucius: «A Metamorfose de Lucius», é um grande clássico que proporcionou a Milo Manara um suporte poético, povoado de lendas, de mitos, de fantasia e de voluptuosidade, no qual reconhece o eco da sua própria inspiração. Sobre este pano de fundo latino, trava-se um diálogo apaixonante entre dois estilos que dezoito séculos separam.
Uma da séries mais importantes da banda desenhada contemporânea é sem dúvida “As Cidades Obscuras” de François Schuiten e Benoit Peeters. A "sombra de um homem” é uma história, protagonizada pela personagem habitual dos autores (um homem de meia-idade perdido num mundo em mudança que tem dificuldades em compreender), e existe isoladamente, sem ligações com o resto das “Cidades Obscuras”.Conta a história de Albert Chamisso, um impiedoso, mas atormentado, agente de seguros que vive no “lado certo” de um mundo kafkiano.Uma crise desarma a personagem, lançando-a numa espiral de desagregação através de uma cidade subitamente hostil - tudo devido a uma estranha alteração à sua sombra que repentinamente se encontrou a cores. O corpo visto como um diapositivo transparente, que, ao projectar-se por inteiro na sombra, mostra o pouco que sobra no interior do protagonista. Um homem vazio que busca um rumo, algo que lhe devolva a opacidade perdida
A história da escalada do alpinista João Garcia ao cume do Evereste em 1999 está contada nesta banda desenhada , de Ricardo Cabral, que foi lançada no Festival de BD da Amadora. João Garcia é a personagem principal, numa aventura ao cume mais alto da Terra que terminou com a morte de um amigo e ferimentos graves no alpinista português.
Para contar esta história, Ricardo Cabral baseou-se no livro "A mais alta solidão", de João Garcia, no qual são relatados os acontecimentos e para um maior rigor e detalhe do espaço físico do Evereste, Ricardo Cabral socorreu-se ainda de fotografias e vídeos de expedições de João Garcia e imagens recolhidas em pesquisas.
"Evereste" começa na infância do alpinista nos Olivais, revelando brincadeiras que já nessa altura envolviam escaladas, e passa de seguida para o último dia da subida ao Evereste, há oito anos.
Esta BD foi uma alegre surpresa nos lançamentos deste ano, tem uma arte muito detalhada que me faz lembrar alguns autores japoneses e sendo igualmente um testemunho documental de um feito de um português teve um sabor especial. Tive a sorte do autor estar no local e deliciou-me com um desenho na contra capa!!
Cyann consegue sair de Aldaal (onde deixou a sua companheira de infortúnio, Aieia) através de uma porta da Rede do Grande Orbe que a leva até ao surpreendente planeta Marcade. Cyann depressa descobre que aterrou num mundo assumidamente desumano e codificado onde qualquer troca se paga, nem que seja uma pequena conversa...
Um mundo completamente inadequado à natureza voluntariosa da antiga princesa de Olh que depressa traça um objectivo: partir! Regressar a um planeta de que ela nunca pensou vir a ter saudades: o seu planeta, a sua família. Mas, afinal, a decepção que enfrentou em Marcade em nada se compara com a que a aguarda em Olh...
Passemos para outras BDs lidas
Escrito por Mike Carey, retrata o retorno de Lucifer Morningstar ao Inferno (TPB das edições #29-35). Ainda fraco e com a maior parte do seu poder trancado nas penas roubadas por Susano-O-No-Mikoto, Lucifer terá de enfrentar em combate singular o seu irmão e anjo Amenadiel enquanto Mazikeen faz caça a Susano. Jogos de bastidores e destino jogam aqui nesta série aclamada.
A Natureza deu-lhes dentes e garras, o homem deu-lhes armas. Três animais transformados genetica e mecanicamente em mortíferas armas de guerra, conseguem escapar do laboratório secreto onde foram treinados e tentam regressar para os seus donos, mas o exército americano quere-os de volta. Conseguirão os 3 animais escapar ao mais poderoso exército do mundo?
Grant Morrisson e Frank Quitely, a premiada dupla de Novos X-Men e All Star Superman, regressa numa espectacular e violenta história de acção, desenhada por Quitely de uma forma que inova e reinventa a narrativa em BD. Conciliando a aventura cyberpunk e as fábulas de La Fontaine, WE3 foi justamente considerada pela revista Wizard como a Melhor mini-série de 2005
Conan: The Hall of the Dead conclui o trabalho de Kurt Busiek's (JLA/Avengers, Astro City) aclamado criticamente, dando lugar a um novo escritor Tim Truman (Conan and the Songs of the Dead) e ainda uma história criada por Mike Mignola (HellBoy). Album que conta mais uma vez com o nomeado para um Eisner, o artista Cary Nord (Daredevil).
Carey Nord (arte fantástica), Kurt Busiek e Mike Mignola (monstros da escrita no mundo da BD) são simbolo de um bom livro, quanto a Tim Truman, vamos ver com o tempo.
House of M é uma minisérie em 8 partes escrito por Brian Bendis e com arte de Olivier Coipel. A feiticeira escarlte cede a uma crise mental e altera a realidade onde a casa de M (Magneto) é a família regente e o ser humano normal é a minoria e descriminado.
Série muito bem conseguida, que consegue estar ao nível de alguns clássicos - Para os bons amantes dos Marvel Comics
Esta é uma série em que sou suspeito falar, alguns livros ainda sigo desde a minha adolescência e tenho de afirmar que as personagens criadas por Kosuke Fujishima são membro residente nos meus gostos. Este é um clássico do Manga japonês que retrata um mundano adolescente estudante que devido ao seu puro coração, efectua sem se aperceber (mais acreditar) um pedido que é satisfeito pela anjo (Belldandy) que tinha ficado encarregue de o efectuar - o desejo foi que esse anjo (bem bonita), ficasse com ele para sempre... e assim foi.
As aventuras sucederem-se e ainda hoje esta série continua, estas são as encadernações 24, 25 e 26, editadas pela Dark Horse.
Série para os geeks do Manga dos 90s
Bem passamos ao assunto propriamente dito:
PAssemos primeiro por alguma BD comprada aquando do festival de BD da Amadora:
Manara passou pelo festival para sessão de autógrafos, e para comemorar, comprei um álbum que encontrei em promoção mas que infelizmente não consegui levar a ser autografado (tal era a quantidade de pessoas em fila, que a mesma acabou por ser fechada e foi necessário um elemento do festival no local para impedir mais fâs)
Baseado no conto "O Asno de Ouro", do grego best-seller Apuleio, autor do séc. compre II. Metamorfose de Lucius: «A Metamorfose de Lucius», é um grande clássico que proporcionou a Milo Manara um suporte poético, povoado de lendas, de mitos, de fantasia e de voluptuosidade, no qual reconhece o eco da sua própria inspiração. Sobre este pano de fundo latino, trava-se um diálogo apaixonante entre dois estilos que dezoito séculos separam.
Uma da séries mais importantes da banda desenhada contemporânea é sem dúvida “As Cidades Obscuras” de François Schuiten e Benoit Peeters. A "sombra de um homem” é uma história, protagonizada pela personagem habitual dos autores (um homem de meia-idade perdido num mundo em mudança que tem dificuldades em compreender), e existe isoladamente, sem ligações com o resto das “Cidades Obscuras”.Conta a história de Albert Chamisso, um impiedoso, mas atormentado, agente de seguros que vive no “lado certo” de um mundo kafkiano.Uma crise desarma a personagem, lançando-a numa espiral de desagregação através de uma cidade subitamente hostil - tudo devido a uma estranha alteração à sua sombra que repentinamente se encontrou a cores. O corpo visto como um diapositivo transparente, que, ao projectar-se por inteiro na sombra, mostra o pouco que sobra no interior do protagonista. Um homem vazio que busca um rumo, algo que lhe devolva a opacidade perdida
A história da escalada do alpinista João Garcia ao cume do Evereste em 1999 está contada nesta banda desenhada , de Ricardo Cabral, que foi lançada no Festival de BD da Amadora. João Garcia é a personagem principal, numa aventura ao cume mais alto da Terra que terminou com a morte de um amigo e ferimentos graves no alpinista português.
Para contar esta história, Ricardo Cabral baseou-se no livro "A mais alta solidão", de João Garcia, no qual são relatados os acontecimentos e para um maior rigor e detalhe do espaço físico do Evereste, Ricardo Cabral socorreu-se ainda de fotografias e vídeos de expedições de João Garcia e imagens recolhidas em pesquisas.
"Evereste" começa na infância do alpinista nos Olivais, revelando brincadeiras que já nessa altura envolviam escaladas, e passa de seguida para o último dia da subida ao Evereste, há oito anos.
Esta BD foi uma alegre surpresa nos lançamentos deste ano, tem uma arte muito detalhada que me faz lembrar alguns autores japoneses e sendo igualmente um testemunho documental de um feito de um português teve um sabor especial. Tive a sorte do autor estar no local e deliciou-me com um desenho na contra capa!!
Cyann consegue sair de Aldaal (onde deixou a sua companheira de infortúnio, Aieia) através de uma porta da Rede do Grande Orbe que a leva até ao surpreendente planeta Marcade. Cyann depressa descobre que aterrou num mundo assumidamente desumano e codificado onde qualquer troca se paga, nem que seja uma pequena conversa...
Um mundo completamente inadequado à natureza voluntariosa da antiga princesa de Olh que depressa traça um objectivo: partir! Regressar a um planeta de que ela nunca pensou vir a ter saudades: o seu planeta, a sua família. Mas, afinal, a decepção que enfrentou em Marcade em nada se compara com a que a aguarda em Olh...
Passemos para outras BDs lidas
Escrito por Mike Carey, retrata o retorno de Lucifer Morningstar ao Inferno (TPB das edições #29-35). Ainda fraco e com a maior parte do seu poder trancado nas penas roubadas por Susano-O-No-Mikoto, Lucifer terá de enfrentar em combate singular o seu irmão e anjo Amenadiel enquanto Mazikeen faz caça a Susano. Jogos de bastidores e destino jogam aqui nesta série aclamada.
A Natureza deu-lhes dentes e garras, o homem deu-lhes armas. Três animais transformados genetica e mecanicamente em mortíferas armas de guerra, conseguem escapar do laboratório secreto onde foram treinados e tentam regressar para os seus donos, mas o exército americano quere-os de volta. Conseguirão os 3 animais escapar ao mais poderoso exército do mundo?
Grant Morrisson e Frank Quitely, a premiada dupla de Novos X-Men e All Star Superman, regressa numa espectacular e violenta história de acção, desenhada por Quitely de uma forma que inova e reinventa a narrativa em BD. Conciliando a aventura cyberpunk e as fábulas de La Fontaine, WE3 foi justamente considerada pela revista Wizard como a Melhor mini-série de 2005
Conan: The Hall of the Dead conclui o trabalho de Kurt Busiek's (JLA/Avengers, Astro City) aclamado criticamente, dando lugar a um novo escritor Tim Truman (Conan and the Songs of the Dead) e ainda uma história criada por Mike Mignola (HellBoy). Album que conta mais uma vez com o nomeado para um Eisner, o artista Cary Nord (Daredevil).
Carey Nord (arte fantástica), Kurt Busiek e Mike Mignola (monstros da escrita no mundo da BD) são simbolo de um bom livro, quanto a Tim Truman, vamos ver com o tempo.
House of M é uma minisérie em 8 partes escrito por Brian Bendis e com arte de Olivier Coipel. A feiticeira escarlte cede a uma crise mental e altera a realidade onde a casa de M (Magneto) é a família regente e o ser humano normal é a minoria e descriminado.
Série muito bem conseguida, que consegue estar ao nível de alguns clássicos - Para os bons amantes dos Marvel Comics
Esta é uma série em que sou suspeito falar, alguns livros ainda sigo desde a minha adolescência e tenho de afirmar que as personagens criadas por Kosuke Fujishima são membro residente nos meus gostos. Este é um clássico do Manga japonês que retrata um mundano adolescente estudante que devido ao seu puro coração, efectua sem se aperceber (mais acreditar) um pedido que é satisfeito pela anjo (Belldandy) que tinha ficado encarregue de o efectuar - o desejo foi que esse anjo (bem bonita), ficasse com ele para sempre... e assim foi.
As aventuras sucederem-se e ainda hoje esta série continua, estas são as encadernações 24, 25 e 26, editadas pela Dark Horse.
Série para os geeks do Manga dos 90s
3 Comments:
Oh sim, mais um blog que mexe com a banda desenhada. E não só. Gostei do aspecto e do conteúdo, literariamente bem escrito (*), e demonstrando bons conhecimentos de BD. Parabéns. Vai ter-me como visitante.
Gostaria que visitasse também o meu blogue, o Divulgando Banda Desenhada, no endereço:
http://divulgandobd.blogspot.com
(*) Embora ortograficamente tenha encontrado alguns erros.
O mais visível é a palavra entretenimento estar escrita "entertenimento".
O mais repetido é o uso repetido do presente do indicativo (estivemos lé e "visitamos")em vez do pretérito (estivemos lá e visitámos". Se é um facto que esse erro se verifica na oralidade, não é justificável que seja repetido na palavra escrita.
É normal alguns erros ortográficos (se a minha antiga professora de Português me visse...), o tempo que disponho para actualizar o blog não é muito e normalmente é até à corrida. Anotado e vou tentar não dar mais facadas na língua mãe. De qualquer forma estou habituado (profissionalmente) a não usar acentos (informática) e então às vezes escapa - quanto à palavra enter...entretenimento realmente tenho de dar uma olhadela...vou dar uma vista de olhos no teu blog. Todo o conhecimento é pouco!!
Thank You for the excellent article. I love reading it!
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