Entret. e cultura a 30/12- Filmes
Mais uma vez a tentar apanhar o tempo perdido... cá faltava o post dos últimos filmes vistos e já lá vai algum tempo desde o último. Quanto mais tempo passa mais penoso se torna a elaboração do post pelo incremento de mais filmes, espero portanto lembrar-me de todos mas como o tempo tem passado pode escapar algum.
Comecemos pela segunda edição do festival de filmes do caneco (até arranjar-se nome melhor), mais uma vez um novo encontro para ver e debater filmes altamente...intelectuais (?), provocadores (?), inovadores (?), experimentais, (?).
Bem cá estão os 3 vistos.
Jopog manura (2001) - My Wife Is a Gangster
Eun-jin (Shin), também conhecida por Mantis, é o braço direito do líder de uma organização criminosa, reputada pela sua perícia no combate com duas letais lâminas gémeas. Enquanto o grupo se envolve numa disputa com um gang rival, Mantis encontra a irmã mais velha, da qual foi separada em criança, depois da morte dos pais. Infelizmente, Yu-jin está numa cama de hospital e padece de uma doença à qual poderá não sobreviver. Depois do reencontro e sentindo que a sua vida por ser curta, Yu-jin diz à irmã que gostaria de a ver casada. Eun-jin, habituada a lutar e a praguejar, mas pouco familiarizada com etiqueta e feminilidades, dá ordens aos seus homens para lhe encontrarem um marido.
Um dos filmes mais bem sucedidos de 2001 na Coreia, este é mais um daqueles filmes em que padece dos mesmos problemas que muitos outros filmes Coreanos, mistura mal os diferentes géneros e assim neste filme, as cenas de comédia e as cenas de acção não fizeram bom casamento visto que estas últimas chegam a ser de grande dramatismo e violência cortando o efeito das piadas de situação muito bem conseguídas. Não se pode ter tudo num filme sem uma boa mestria mas tem sido um defeito encontrado em vários filmes deste país, uma mistura pouco homogénea de géneros. De qualquer forma é bastante divertido e as cenas de comédia estão delirantes.
Uzumaki (2000) - Spiral
Os cidadãos de uma pequena cidade de província, separada do continente por um túnel, são subitamente afligidos por uma terrível maldição – paira nas mentes dos habitantes uma estranha obsessão por todo o tipo de objectos ou figuras que lembrem - vagamente ou literalmente - uma espiral. No meio do turbilhão, estão dois adolescentes (Eriko Hatsune, Fhi Fan), amigos de infância, que procuram sobreviver perante o colapso e a disfunção familiar.
Influenciado pelo Manga de Junji Ito com o mesmo nome, este filme é uma peça tirada dos nossos pesadelos, é surreal e hipnótico que deixa muito que pensar já que cria mais perguntas que respostas. Recomendado para os amantes dos filmes de terror japonês.
O ultimo filme da noite:
Planet Terror (2007) - Planeta Terror
No filme "Planeta Terror", o casal de médicos William e Dakota Block (Brolin e Shelton) descobrem que a cidade está inundada por pessoas cobertas de feridas e um suspeito vazio nos olhos. Entre os feridos está Cherry (McGowan), uma stripper a quem a perna foi arrancada do corpo durante um ataque à beira da estrada. Wray (Rodriguez), a sua antiga cara metade, está ao lado dela e a protegê-la. Cherry pode estar abatida, mas ela ainda não dançou a sua última dança. Enquanto os inválidos rapidamente se tornam agressores enraivecidos, Cherry e Wray conduzem uma equipa de guerreiros acidentais pela noite, em direcção a um destino que deixará milhões infectados, inúmeros mortos e alguns sortudos a lutar para encontrar o último canto seguro do Planeta Terror
"Planeta Terror" é a parte realizada por Robert Rodriguez do projecto "Grindhouse", co-assinado por Quentin Tarantino de quem já estreou "à Prova de Morte". É uma homenagem aos filmes de série Z e às salas de cinema que os exibiam e em que na versão original trailers de filmes imaginários uniam os dois filmes. E, tal como no filme de Tarantino, voltam os riscos na cópia, as falhas de som e tudo o que um filme série Z tem direito. E para além disso, zombies ao ataque e um mulher voluptuosa com uma arma em vez de uma das pernas.
Penso que Jorge Mourinha do site do Público resume bem o filme na parte final da critica, nesta homenagem, o filme de Quentin Tarantino é um exercício teórico da revitalização do género Z dos filmes(visto no nosso primeiro festival), esta segunda parte realizada por Roberto Rodriguez é a prova prática e talvez por isso seja o mais bem adaptado dos dois.
Shrek the Third (2007) - Shrek o Terceiro
Quando Shrek, o mais querido dos ogres, verde, feio e com mau hálito, se casou com Fiona, a última coisa que estava nos seus planos era ser Rei. Mas quando o seu sogro, o Rei Harold, começa a coaxar, é esse o destino que o espera. A menos que Shrek, com a ajuda dos seus leais amigos Burro e Gato das Botas, consiga arranjar um Rei decente para o substituir no trono do reino Far Far Away (uma espécie de Hollywood, em versão conto de fadas). Caso contrário, terá mesmo que usar a coroa e aguentar-se no cargo!O candidato mais promissor é Artie, primo de Fiona, um estudante muito baldas da época medieval. Mas será que ele está à altura de ser Rei?
O franchise continua a ser esticado e pelo que parece ainda vai haver mais um... a laranja já está muito espremida mas continuam a tentar tirar mais sumo... mais gagues de sitcom que na maioria não resultam tão bem mas vale pelo quinteto de "girl power" que ainda é o melhor do filme.
Spider-Man 3 (2007) - Homem Aranha 3
Com o seu segredo revelado a Mary Jane (Dunst), com quem finalmente formou uma relação, bem como a Harry (Franco), Peter (Maguire) tem agora de enfrentar as consequências dos seus actos. Entretanto, um prisioneiro em fuga numa praia remota foi apanhado num trágico acidente, que o transformou numa criatura de areia com a capacidade de mudar de forma. Ao investigar o local do indecente, uma substância negra funde-se com o fato de Peter, conferindo-lhe novos poderes...
Apesar de ser um dos heróis da minha infância, gostar bastante de BD e de Sam Raimi ser um realizador com coração, o filme está a ceder para o lado negro deste género de filmes, para um festival de efeitos visuais e pouco desenvolvimento das personagens. Demasiado se tentou apresentar neste filme e para quem como eu seguiu o herói na BD foi com alguma decepção que vi condensarem várias fases do escalador de paredes num único filme alucinante sem paragens e com pouco conteúdo. Este poderia ter sido o melhor da trilogia mas acabou sendo o pior.
Fracture (2007) - Ruptura
Quando Ted Crawford (Anthony Hopkins) descobre que a mulher, Jennifer, está a trai-lo, planeia seu assassinato... o assassinato perfeito. Quando a polícia chega ao lugar do crime, o inspector Rob Nunally é duplamente surpreendido: a vítima não está morta e é a mulher com que mantinha um caso secreto.
Crawford é imediatamente detido e acusado. Parece um caso aparentemente fácil para Willy Beachum (Ryan Gosling), um influente advogado, prestes a abandonar o actual emprego no Ministério Público para aceitar um trabalho mais lucrativo no sector privado. Mas será que a ambição e o desejo podem ultrapassar a sua vontade de ganhar ou anular a sua ética?
Entre mentiras e orgulho, Crawford e Willy descobrem que mesmo numa fachada perfeita pode sempre ser encontrada uma "ruptura".
Filme mediano que não está mau e apesar de mais um da linha de montagem de Hollywood, é um thiller interessante que não trás nada de inovador mas é conseguído com profissionalismo qb.
Coisa Ruim (2006)
Bee Movie (2007) - A História de Uma Abelha
Barry Bee Benson não é uma abelha qualquer. Além de ser obra de Jerry Seinfeld (na versão portuguesa, a voz é de Nuno Markl), é especialista em espalhar "zunzuns" e recusa-se a aceitar as limitações sobre o que uma abelha pode ou não fazer. Quando termina os estudos, Barry recusa-se a ver a produção de mel como única opção de vida. Barry é um dínamo preto e amarelo, que até consegue pilotar um Jumbo, e tem sempre um comentário mordaz na manga.
Numa inesperada oportunidade de sair da colmeia, Barry quase morre e é salvo por Vanessa, uma florista de Nova Iorque. À medida que a relação floresce, Barry percebe que os humanos têm um papel decisivo no consumo de mel e resolve processar os homens por roubarem o mel das colmeias! O que vai originar uma batalha nunca imaginada entre humanos e abelhas e Barry será apanhado no meio das hostilidades.
Mais uma produção da Dreamworks (Shrek), desta vez com a assinatura de Seinfeld o que tornava esta produção interessante de inicio. Agora filme visto, poderia estar melhor? Definitivamente. Diverte? Sim, mas o filme não se decide entre um argumento infantil e as piadas para adultos o que quebra um pouco a estrutura.
Stardust (2007) - O Mistério da Estrela Cadente
Apaixonado, o jovem Tristan faz uma promessa à rapariga mais bela da aldeia, cujo coração ele sonha conquistar: promete trazer-lhe uma Estrela Cadente, mesmo que para isso tenha de cruzar os muros proibidos e entrar num reino misterioso e mágico. Em Stormhold, esse mundo fantástico, Tristan percebe que a Estrela Cadente é afinal uma bela jovem que é perseguida por causa dos seus incríveis poderes pelos três filhos vivos (já para não falar nos fantasmas dos quatro filhos mortos) do Rei e pela Bruxa Lamia, que precisa dela para recuperar a juventude e beleza. Decidido a proteger a Estrela, Tristan enfrenta fantásticas aventuras em que descobrirá o sentido do amor.
Michelle Pfeiffer, Robert De Niro, Peter O’Toole, ou seja um elenco de luxo e normalmente quando acontece algo corre mal mas desta vez não. Apesar de haver algumas quebras no ritmo do filme, as mesmas são contrabalançadas com um frenético conjunto de situações, uma feiticeira com problemas em aceitar a sua idade, um pirata gay, uma família real em que fomenta o fratricídio, etc. Tudo numa mistura mágica bem conseguída baseado num conto de Neil Gaiman. Atenção, não é uma comum história de encantar... de infantil só tem a ideia base que leva a enganos.
I Am Legend (2007) - Eu Sou a Lenda
Robert Neville (Will Smith) é o último humano da Terra. Cientista brilhante, não foi capaz mesmo assim de combater um terrível vírus criado pelo homem, com o objectivo de curar o cancro, que acabou por dizimar toda população. Imune ao vírus, Neville envia diariamente mensagens via rádio na tentativa desesperada de encontrar outros sobreviventes. E Neville não está totalmente sozinho. Na sombra, espreitam os mutantes, vítimas da praga, à espera de qualquer movimento em falso do cientista. Neville tenta reverter os efeitos do vírus, fazendo testes a partir do seu próprio sangue, imune à doença. Mas sabe que está em inferioridade numérica e que o seu tempo está quase a esgotar-se...
Apesar da máscara de filme de série B, este é um blockbuster de enorme sucesso em que Will Smith é o pilar do filme e sustenta o mesmo. O filme não é exclusivamente Will Smith, o filme é um drama disfarçado de ficção cientifica e se desenvolve numa relação unilateral de um humano e a primeira parte do filme alterna entre uma forma documental da vida solitária de um homem e o medo incorporante do cair da noite com o aparecimento dos seres noctívagos. A segunda parte já é mais frenético e mais relacionado com um filme de acção de série B que não está tão bem conseguido como na primeira parte. No seu conjunto é um bom filme e merece o titulo de blockbuster do ano já que mais uma vez o público mostra que fazer diferente é que está a dar.
Paprika (2006)
Uma máquina de psicoterapia experimental chamada DC Mini é roubada e utilizada para interferir nos sonhos dos cientistas que a desenvolveram. O DC Mini foi concebido para analisar e tratar problemas psíquicos, substituindo o relato oral do paciente pela intervenção directa do psicanalista. O criador do aparelho, Tokita (Furuya), virá a ser uma das vítimas e a Dra. Atsuko (Hayashibara) liga-se á sua mente para tentar deter o criminoso, num mundo onde as regras são inconstantes. A linha que separa o real do onírico torna-se cada vez mais difícil de identificar.
Satoshi Kon apesar de ser um realizador da nova vaga (primeiro filme em 1998) demonstrou desde o primeiro filme, uma maturidade só conseguida por alguns monstros da realização japonesa tais como Katsuhiro Otomo, Hayao Miyazaki ou Yoshiaki Kawajiri. Paprika é mais uma experiência visual e psicológica onde o surrealismo é nota marcante. Na minha opinião parece um cruzamento de outros dois filmes do mesmo realizador (Perfect Blue e Milenium Actress) e não trazendo nada de inovador parecia estar condenado de ínico, engane-se, este filme aprofunda mais que os anteriores e torna-se mais alucinogénico e surreal. Imprescindível para os amantes do animé.
Comecemos pela segunda edição do festival de filmes do caneco (até arranjar-se nome melhor), mais uma vez um novo encontro para ver e debater filmes altamente...intelectuais (?), provocadores (?), inovadores (?), experimentais, (?).
Bem cá estão os 3 vistos.
Jopog manura (2001) - My Wife Is a Gangster
Eun-jin (Shin), também conhecida por Mantis, é o braço direito do líder de uma organização criminosa, reputada pela sua perícia no combate com duas letais lâminas gémeas. Enquanto o grupo se envolve numa disputa com um gang rival, Mantis encontra a irmã mais velha, da qual foi separada em criança, depois da morte dos pais. Infelizmente, Yu-jin está numa cama de hospital e padece de uma doença à qual poderá não sobreviver. Depois do reencontro e sentindo que a sua vida por ser curta, Yu-jin diz à irmã que gostaria de a ver casada. Eun-jin, habituada a lutar e a praguejar, mas pouco familiarizada com etiqueta e feminilidades, dá ordens aos seus homens para lhe encontrarem um marido.
Um dos filmes mais bem sucedidos de 2001 na Coreia, este é mais um daqueles filmes em que padece dos mesmos problemas que muitos outros filmes Coreanos, mistura mal os diferentes géneros e assim neste filme, as cenas de comédia e as cenas de acção não fizeram bom casamento visto que estas últimas chegam a ser de grande dramatismo e violência cortando o efeito das piadas de situação muito bem conseguídas. Não se pode ter tudo num filme sem uma boa mestria mas tem sido um defeito encontrado em vários filmes deste país, uma mistura pouco homogénea de géneros. De qualquer forma é bastante divertido e as cenas de comédia estão delirantes.
Uzumaki (2000) - Spiral
Os cidadãos de uma pequena cidade de província, separada do continente por um túnel, são subitamente afligidos por uma terrível maldição – paira nas mentes dos habitantes uma estranha obsessão por todo o tipo de objectos ou figuras que lembrem - vagamente ou literalmente - uma espiral. No meio do turbilhão, estão dois adolescentes (Eriko Hatsune, Fhi Fan), amigos de infância, que procuram sobreviver perante o colapso e a disfunção familiar.
Influenciado pelo Manga de Junji Ito com o mesmo nome, este filme é uma peça tirada dos nossos pesadelos, é surreal e hipnótico que deixa muito que pensar já que cria mais perguntas que respostas. Recomendado para os amantes dos filmes de terror japonês.
O ultimo filme da noite:
Planet Terror (2007) - Planeta Terror
No filme "Planeta Terror", o casal de médicos William e Dakota Block (Brolin e Shelton) descobrem que a cidade está inundada por pessoas cobertas de feridas e um suspeito vazio nos olhos. Entre os feridos está Cherry (McGowan), uma stripper a quem a perna foi arrancada do corpo durante um ataque à beira da estrada. Wray (Rodriguez), a sua antiga cara metade, está ao lado dela e a protegê-la. Cherry pode estar abatida, mas ela ainda não dançou a sua última dança. Enquanto os inválidos rapidamente se tornam agressores enraivecidos, Cherry e Wray conduzem uma equipa de guerreiros acidentais pela noite, em direcção a um destino que deixará milhões infectados, inúmeros mortos e alguns sortudos a lutar para encontrar o último canto seguro do Planeta Terror
"Planeta Terror" é a parte realizada por Robert Rodriguez do projecto "Grindhouse", co-assinado por Quentin Tarantino de quem já estreou "à Prova de Morte". É uma homenagem aos filmes de série Z e às salas de cinema que os exibiam e em que na versão original trailers de filmes imaginários uniam os dois filmes. E, tal como no filme de Tarantino, voltam os riscos na cópia, as falhas de som e tudo o que um filme série Z tem direito. E para além disso, zombies ao ataque e um mulher voluptuosa com uma arma em vez de uma das pernas.
Penso que Jorge Mourinha do site do Público resume bem o filme na parte final da critica, nesta homenagem, o filme de Quentin Tarantino é um exercício teórico da revitalização do género Z dos filmes(visto no nosso primeiro festival), esta segunda parte realizada por Roberto Rodriguez é a prova prática e talvez por isso seja o mais bem adaptado dos dois.
Shrek the Third (2007) - Shrek o Terceiro
Quando Shrek, o mais querido dos ogres, verde, feio e com mau hálito, se casou com Fiona, a última coisa que estava nos seus planos era ser Rei. Mas quando o seu sogro, o Rei Harold, começa a coaxar, é esse o destino que o espera. A menos que Shrek, com a ajuda dos seus leais amigos Burro e Gato das Botas, consiga arranjar um Rei decente para o substituir no trono do reino Far Far Away (uma espécie de Hollywood, em versão conto de fadas). Caso contrário, terá mesmo que usar a coroa e aguentar-se no cargo!O candidato mais promissor é Artie, primo de Fiona, um estudante muito baldas da época medieval. Mas será que ele está à altura de ser Rei?
O franchise continua a ser esticado e pelo que parece ainda vai haver mais um... a laranja já está muito espremida mas continuam a tentar tirar mais sumo... mais gagues de sitcom que na maioria não resultam tão bem mas vale pelo quinteto de "girl power" que ainda é o melhor do filme.
Spider-Man 3 (2007) - Homem Aranha 3
Com o seu segredo revelado a Mary Jane (Dunst), com quem finalmente formou uma relação, bem como a Harry (Franco), Peter (Maguire) tem agora de enfrentar as consequências dos seus actos. Entretanto, um prisioneiro em fuga numa praia remota foi apanhado num trágico acidente, que o transformou numa criatura de areia com a capacidade de mudar de forma. Ao investigar o local do indecente, uma substância negra funde-se com o fato de Peter, conferindo-lhe novos poderes...
Apesar de ser um dos heróis da minha infância, gostar bastante de BD e de Sam Raimi ser um realizador com coração, o filme está a ceder para o lado negro deste género de filmes, para um festival de efeitos visuais e pouco desenvolvimento das personagens. Demasiado se tentou apresentar neste filme e para quem como eu seguiu o herói na BD foi com alguma decepção que vi condensarem várias fases do escalador de paredes num único filme alucinante sem paragens e com pouco conteúdo. Este poderia ter sido o melhor da trilogia mas acabou sendo o pior.
Fracture (2007) - Ruptura
Quando Ted Crawford (Anthony Hopkins) descobre que a mulher, Jennifer, está a trai-lo, planeia seu assassinato... o assassinato perfeito. Quando a polícia chega ao lugar do crime, o inspector Rob Nunally é duplamente surpreendido: a vítima não está morta e é a mulher com que mantinha um caso secreto.
Crawford é imediatamente detido e acusado. Parece um caso aparentemente fácil para Willy Beachum (Ryan Gosling), um influente advogado, prestes a abandonar o actual emprego no Ministério Público para aceitar um trabalho mais lucrativo no sector privado. Mas será que a ambição e o desejo podem ultrapassar a sua vontade de ganhar ou anular a sua ética?
Entre mentiras e orgulho, Crawford e Willy descobrem que mesmo numa fachada perfeita pode sempre ser encontrada uma "ruptura".
Filme mediano que não está mau e apesar de mais um da linha de montagem de Hollywood, é um thiller interessante que não trás nada de inovador mas é conseguído com profissionalismo qb.
Coisa Ruim (2006)
Uma família citadina e moderna vai aprender que o preconceito nasce quase sempre da ignorância. Uma família que tenta disfarçar várias rotas de colisão interna, que experiências desconhecidas vêm revelar e acelerar. Uma casa longínqua, recebida por herança, abriga um universo inquietante. Confrontam-se com vivências baseadas no temor de pecados por pagar. Um mundo que aparentemente fala a nossa língua, mas que se exprime numa outra linguagem. Chamem-lhe lendas, folclore. Mas percebem que há lugares onde os vivos sabem que há mortos que não se apagam. Que às vezes se chama Diabo à fúria de um Deus zangado. E é perante um precipício inesperado que começam a resvalar todas as certezas. Que um homem e uma mulher são obrigados a encarar o seu casamento. Irmãos transportam segredos inconfessáveis. E um pai percebe, da maneira mais dolorosa, que nunca acompanhou devidamente os filhos. O Diabo? Talvez ande por lá mas não é uma força maligna, que cospe fogo pela noite. É talvez, apenas o medo que temos do amor.
Amante como sou do cinema de terror (genuino) e suspense, este filme era uma curiosidade desde há muito e como um bom português, estava renitente em ver uma película portuguesa e fui adiando até a curiosidade suplantar (e ainda bem). O filme revelou-se uma lufada de ar fresco já que o género não é muito habitual pelas terras lusas e cativou-me a atenção. Tem uma passada lenta, talvez demasiado para os poucos 97 min de filme e talvez por isso não irá agradar a todo o público pois no fundo não diverge assim tanto do estilo português de realização mas está feito de forma bastante competente (excelente fotografia) e cria um ambiente pesado e soturno. O filme balança os espectadores num jogo de incertezas entre a lógica e a crença popular muito bem conseguído. Com tantos filmes internacionais de terror que deste não têm nada e com orçamentos que resolviam os buracos orçamentais do país, este filme consegue mais e com muito pouco orçamento (como é habitual).
Amante como sou do cinema de terror (genuino) e suspense, este filme era uma curiosidade desde há muito e como um bom português, estava renitente em ver uma película portuguesa e fui adiando até a curiosidade suplantar (e ainda bem). O filme revelou-se uma lufada de ar fresco já que o género não é muito habitual pelas terras lusas e cativou-me a atenção. Tem uma passada lenta, talvez demasiado para os poucos 97 min de filme e talvez por isso não irá agradar a todo o público pois no fundo não diverge assim tanto do estilo português de realização mas está feito de forma bastante competente (excelente fotografia) e cria um ambiente pesado e soturno. O filme balança os espectadores num jogo de incertezas entre a lógica e a crença popular muito bem conseguído. Com tantos filmes internacionais de terror que deste não têm nada e com orçamentos que resolviam os buracos orçamentais do país, este filme consegue mais e com muito pouco orçamento (como é habitual).
Bee Movie (2007) - A História de Uma Abelha
Barry Bee Benson não é uma abelha qualquer. Além de ser obra de Jerry Seinfeld (na versão portuguesa, a voz é de Nuno Markl), é especialista em espalhar "zunzuns" e recusa-se a aceitar as limitações sobre o que uma abelha pode ou não fazer. Quando termina os estudos, Barry recusa-se a ver a produção de mel como única opção de vida. Barry é um dínamo preto e amarelo, que até consegue pilotar um Jumbo, e tem sempre um comentário mordaz na manga.
Numa inesperada oportunidade de sair da colmeia, Barry quase morre e é salvo por Vanessa, uma florista de Nova Iorque. À medida que a relação floresce, Barry percebe que os humanos têm um papel decisivo no consumo de mel e resolve processar os homens por roubarem o mel das colmeias! O que vai originar uma batalha nunca imaginada entre humanos e abelhas e Barry será apanhado no meio das hostilidades.
Mais uma produção da Dreamworks (Shrek), desta vez com a assinatura de Seinfeld o que tornava esta produção interessante de inicio. Agora filme visto, poderia estar melhor? Definitivamente. Diverte? Sim, mas o filme não se decide entre um argumento infantil e as piadas para adultos o que quebra um pouco a estrutura.
Stardust (2007) - O Mistério da Estrela Cadente
Apaixonado, o jovem Tristan faz uma promessa à rapariga mais bela da aldeia, cujo coração ele sonha conquistar: promete trazer-lhe uma Estrela Cadente, mesmo que para isso tenha de cruzar os muros proibidos e entrar num reino misterioso e mágico. Em Stormhold, esse mundo fantástico, Tristan percebe que a Estrela Cadente é afinal uma bela jovem que é perseguida por causa dos seus incríveis poderes pelos três filhos vivos (já para não falar nos fantasmas dos quatro filhos mortos) do Rei e pela Bruxa Lamia, que precisa dela para recuperar a juventude e beleza. Decidido a proteger a Estrela, Tristan enfrenta fantásticas aventuras em que descobrirá o sentido do amor.
Michelle Pfeiffer, Robert De Niro, Peter O’Toole, ou seja um elenco de luxo e normalmente quando acontece algo corre mal mas desta vez não. Apesar de haver algumas quebras no ritmo do filme, as mesmas são contrabalançadas com um frenético conjunto de situações, uma feiticeira com problemas em aceitar a sua idade, um pirata gay, uma família real em que fomenta o fratricídio, etc. Tudo numa mistura mágica bem conseguída baseado num conto de Neil Gaiman. Atenção, não é uma comum história de encantar... de infantil só tem a ideia base que leva a enganos.
I Am Legend (2007) - Eu Sou a Lenda
Robert Neville (Will Smith) é o último humano da Terra. Cientista brilhante, não foi capaz mesmo assim de combater um terrível vírus criado pelo homem, com o objectivo de curar o cancro, que acabou por dizimar toda população. Imune ao vírus, Neville envia diariamente mensagens via rádio na tentativa desesperada de encontrar outros sobreviventes. E Neville não está totalmente sozinho. Na sombra, espreitam os mutantes, vítimas da praga, à espera de qualquer movimento em falso do cientista. Neville tenta reverter os efeitos do vírus, fazendo testes a partir do seu próprio sangue, imune à doença. Mas sabe que está em inferioridade numérica e que o seu tempo está quase a esgotar-se...
Apesar da máscara de filme de série B, este é um blockbuster de enorme sucesso em que Will Smith é o pilar do filme e sustenta o mesmo. O filme não é exclusivamente Will Smith, o filme é um drama disfarçado de ficção cientifica e se desenvolve numa relação unilateral de um humano e a primeira parte do filme alterna entre uma forma documental da vida solitária de um homem e o medo incorporante do cair da noite com o aparecimento dos seres noctívagos. A segunda parte já é mais frenético e mais relacionado com um filme de acção de série B que não está tão bem conseguido como na primeira parte. No seu conjunto é um bom filme e merece o titulo de blockbuster do ano já que mais uma vez o público mostra que fazer diferente é que está a dar.
Paprika (2006)
Uma máquina de psicoterapia experimental chamada DC Mini é roubada e utilizada para interferir nos sonhos dos cientistas que a desenvolveram. O DC Mini foi concebido para analisar e tratar problemas psíquicos, substituindo o relato oral do paciente pela intervenção directa do psicanalista. O criador do aparelho, Tokita (Furuya), virá a ser uma das vítimas e a Dra. Atsuko (Hayashibara) liga-se á sua mente para tentar deter o criminoso, num mundo onde as regras são inconstantes. A linha que separa o real do onírico torna-se cada vez mais difícil de identificar.
Satoshi Kon apesar de ser um realizador da nova vaga (primeiro filme em 1998) demonstrou desde o primeiro filme, uma maturidade só conseguida por alguns monstros da realização japonesa tais como Katsuhiro Otomo, Hayao Miyazaki ou Yoshiaki Kawajiri. Paprika é mais uma experiência visual e psicológica onde o surrealismo é nota marcante. Na minha opinião parece um cruzamento de outros dois filmes do mesmo realizador (Perfect Blue e Milenium Actress) e não trazendo nada de inovador parecia estar condenado de ínico, engane-se, este filme aprofunda mais que os anteriores e torna-se mais alucinogénico e surreal. Imprescindível para os amantes do animé.
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