Entret. e cultura a 26/07 - Livros
2 meses certos desde o último post de livros... Pode-se culpar as férias já que o tempo que disponho para ler é apenas nas viagens de comboio entre casa-trabalho e a quantidade de BD que adquiri entretanto durante esse tempo que teve de se pôr em dia (com bastante prazer é verdade). Estou a tentar redimir-me agora que as férias acabaram e li de seguida os 3 livros que compõem a "A Trilogia Bartimaeus" de Jonathan Stroud.
O primeiro volume é um thriller hilariante, repleto de referências históricas e míticas, que tem como cenário uma Londres do século XXI, envolta em destruição e governada por magos poderosos que se servem de criaturas sobrenaturais para perpetuarem o seu poder. Nathaniel é um jovem aprendiz de mago extremamente talentoso que, com apenas doze anos, consegue o feito prodigioso de invocar um dos djinnis mais temíveis. Quando um aprendiz de feiticeiro invoca um djinni ordena-lhe que realize caprichos próprios da idade, mas Nathaniel está dominado pelo desejo de algo infinitamente mais perigoso – a vingança cega! Porém, desafiar a ira de um mago ambicioso pode desencadear actos de rebelião e assassínio impossíveis de parar...a menos que Nathaniel e djinni se unam contra um mal que ameaça todos!
Com este segundo volume, O Olho de Golem, as expectativas confirmam-se. Dois anos passaram desde os últimos acontecimentos. Nathaniel tem agora catorze anos e é adjunto do Ministro da Administração Interna. O seu dever é desmantelar a Resistência, uma organização de comuns que quer derrubar o poder dos magos. Mas quando um ataque-surpresa de um golem é atribuído erradamente a este grupo, Nathaniel vê-se obrigado a pedir ajuda a Bartimaeus, ainda que com relutância. Entretanto, um jovem membro da Resistência, Kitty Jones, planeia roubar o túmulo sagrado do grande mago Gladstone. É então que, numa noite, os destinos de Nathaniel, Bartimaeus e Kitty se encontram sob os desígnios de algo bem mais poderoso… Alternando a focalização da acção entre Nathaniel e Kitty e com alguns capítulos contados na primeira pessoa por Bartimaeus – que confere a sua nota de sarcasmo e de humor irreverente à sempre crescente tensão – este novo volume guia-nos até Praga, faz-nos perseguir um esqueleto pelas ruas de Londres, testemunhar actos ousado e penetrar no mundo sórdido do governo dos magos.
Neste volume o que está em jogo é ainda mais difícil: Nathaniel, Kitty e Bartimaeus vão ter de confiar uns nos outros para conseguirem vencer a teia de altas conspirações e traições que levarão a um golpe de estado que por sua vez conduzirá a um clímax como nunca antes visto. As peças do puzzle decifradas ao longo dos três volumes vão finalmente compor-se para criarem um desfecho único.
Estes 3 livros são mais um prototipo da literatura do fantástico britânica, mais uma vez feiticeiros e mais uma vez comédia caustica e inteligente. Trilogia bem conseguida com uma narrativa feita em 3 segmentos um para cada uma das personagens principais (cada capitulo é visto do ponto de vista dessa personagem). Pontos altos, os segmentos do "demónio" Bartimaeus que são bastante hilariantes com um sem número de notas de rodapé que merecem ser lidas. Outro ponto alto, a humanização do feiticeiro Nathaniel que tem qualidades mas defeitos qb.