terça-feira, fevereiro 05, 2008

Entret. e cultura a 17/02- Filmes

Cloverfield (2008)












Cinco jovens de Nova Iorque organizam uma festa de despedida para um amigo. Nessa mesma noite um monstro, do tamanho de um arranha-céus, arrasa a cidade. A câmara de vídeo com que filmam essa noite é o registo da tentativa de sobreviver ao mais irreal e tenebroso acontecimento das suas vidas.

J.J. Abrams, criador das séries Perdidos e A Vingadora, quis explorar o medo em que se vive actualmente. Segundo o realizador "fazer um filme sobre algo tão bizarro como uma gigante criatura a atacar a nossa cidade, permite ao público processar e experimentar este medo, numa forma de entretenimento incrivelmente segura".

A primeira coisa que me veio á cabeça foi o Projecto Blair Witch em que o conceito base está fabulosamente bem explorado mas que depois desilude completamente na apresentação do produto já que um conceito local pode não funcionar se tentar transformar numa exploração mundial. Cloverfield segue essa rota mas ataca para a escala mundial e acaba num filme de série B de monstros em formato blockbuster e penso que aí está ao nível pretendido e consegue criar uma ambiente de claustrofóbico de medo. Não é um filme profundo, politico ou de segunda intenções mas tenta dar uma visão diferente aos filmes de monstros que povoam as séries B a Z.


Sunshine (2007) - Missão Solar













O Sol está a morrer. E a Humanidade está a morrer com ele. A última esperança reside numa nave espacial e numa equipa de oito homens e mulheres que embarcam numa viagem com um aparelho que irá dar nova vida à estrela. Mas quando perdem o contacto com a Terra, a missão começa a complicar-se. Há um acidente, um erro fatal e um sinal de emergência de uma nave que desapareceu sete anos antes. A equipa terá de lutar pelas suas vidas, esforçando-se também por não sucumbir è loucura.

Filme que passou complementarmente despercebido estranhamente e talvez seja mesmo pelo facto que este é um dos melhores filmes de ficção cientifica que já vi (e ficção cientifica não é tão popular nos dias que correm). Da histórica em si, do desenvolvimento das personagens, á banda sonora tudo está fantásticamente estruturado e nada descurado, visualmente torna-se numa experiência magnífica.


The Black Cauldron (1985) - Taran e o caldeirão mágico














Na mística terra de Prydain, um jovem chamado Taran empreende uma missão heróica. Com uma espada mágica a seu lado, Taran tem de impedir o malvado Rei de Chifres de soltar os poderes sobrenaturais de um misterioso caldeirão mágico! Ajudado pela bela princesa Ilone, uma engraçada e peluda criatura chamada Gurgui e um adorável porco, Taran derrota o seu inimigo e aprende que a amizade é uma força poderosa!

Este foi o primeiro filme animado produzido pela Disney em que os personagens não cantam e aleluia!! Porquê este filme agora? Muitos, muitos anos atrás quando ia ao cinema ao Sábado de manhã ver um filme da Disney ao cinema Luisa Tody (e onde provavelmente vi todos os filmes da Disney durante a minha infância), este ficou marcado no meu sub-consciente até hoje. Primeiro por ser uma fantasia épica e segundo porque não me lembro de outro filme da Disney ser tão sombrio e assustador.

Este foi o filme mais caro da Disney até então, já usando imagens geradas pelo computador, e tem como finalidade atingir um público menos infantil e fã de épicos de fantasia mas pelo seu tom tenebroso e escuro acabou por afastar a maioria dos amantes da Disney já que este filme rompe completamente com o seu estilo em voga de então. Para mim enquanto criança o filme foi fabuloso porque há de sempre haver uma altura em que temos de viver experiências novas para crescer, subir mais um degrau na vida e este foi um desses marcos.

The Golden Compass (2007) - A Bússola Dourada














Lyra é uma menina órfã, de 12 anos, que parte numa viagem extraordinária para encontrar e salvar o seu melhor amigo Roger. Lyra prometeu encontrá-lo nem que para isso tenha de ir até ao fim do mundo. Mas não é só Roger que está em perigo. Várias crianças desapareceram e corre o boato que estão a ser levadas para uma agência experimental algures no Norte onde serão vítimas de abomináveis experiências.
Baseado no galardoado livro de Philip Pullman, "A Bússola Dourada" é uma aventura que decorre num fantástico mundo paralelo.

Estranhamente a realização ficou a cargo do mesmo do American Pie, mas não foi por isso que o filme perdeu rumo, obviamente não está ao nível do Senhor dos Anéis (já que é mais uma tentativa da New Line de duplicar o sucesso daquela trilogia e sendo este o primeiro filme de uma nova trilogia), mas também não se nota apenas a busca por dinheiro fácil. O filme está mediano e bastante bem adaptado ao cinema e no fundo com tantas más adaptações de livros que se tem visto, este até é agradável de se ver.
Nota: Nicole Kidman está perfeita na personagem.


Um destes dias veio-me á lembrança os velhos tempos do canal Locomotion, que alguns ainda se devem lembrar, um canal de animação em que trouxe uma diversificação de não só filmes mais comerciais, como experimentações. Uma das coisas que veio á lembrança foram algumas curtas de animação... bem e porque não?

Au bout du monde (1999) - Konstantin Bronzit














Uma família vive numa casa que se equilibra precariamente no topo de uma montanha, tudo parece afectar esse equilíbrio, tanto factores internos como externos. Uma curta extremamente hilariante com uma ideia fabulosamente simples.

Le Moine et le poisson (1994) - Michael Dudok de Wit












Um monge exuberante tenta por todos os meios pescar um peixe deveras escorregadio, na mesma óptica de uma perseguição do coiote e do papa léguas, ,mas mais profundo visto o peixe ser um simbolo de fé. Muito bem conseguido

Father and Daughter (2000) - Michael Dudok de Wit












Um pai despede-se da sua filha e á medida que a filha cresce, esta volta sempre ao mesmo sitio em busca do retorno do seu pai. Vencedor do Óscar para melhor curta de animação, este é um filme muito emotivo que sufoca em tons de desespero nos seus 8 minutos o espectador. Para além do estilo fantástico de animação, consegue em apenas 8 minutos o que muitos outros não conseguiram durante toda a sua vida. Uma das melhores animações que já vi.